
Para marcar o Dia Mundial dos Oceanos (8), o Grupo Avistar Engenharia realizou uma ação ambiental de limpeza de trecho da orla do aterro da Baía Sul, na região central de Florianópolis, próximo à Estação de Tratamento de Esgoto Insular. A Avistar é responsável pela gestão ambiental das obras de ampliação e modernização da unidade que incluem atividades de supervisão dos trabalhos, gerenciamento de resíduos e execução de atividades socioambientais e de educação ambiental.
Participaram da ação colaboradores da empresa e funcionários da Itajui Engenharia de Obras, construtora responsável pelas obras.
Os voluntários percorreram um pequeno trecho de praia e seixos, no entorno da ETE, para recolher o lixo marinho trazido pela ação da maré. Os objetos encontrados são resultado do descarte incorreto de resíduos sólidos nas cidades: o lixo jogado no chão é transportado por córregos, rios e canais de drenagem urbana até o mar e torna-se uma grande ameaça à biodiversidade e aos ecossistemas marinhos.
O material mais recolhido foi o plástico, principalmente, garrafas pet, tampinhas e restos de embalagem. Atualmente, plástico é o principal material poluente dos oceanos: estima-se que, aproximadamente, 13 milhões de toneladas cheguem por ano aos mares do mundo.
A coordenadora do programa de educação ambiental e bióloga do Grupo Avistar, Maria Julia da Rosa, ficou surpresa com o volume de material recolhido em apenas uma manhã, por um grupo pequeno de pessoas. “Uma ação como esta consegue trazer um impacto positivo ao meio ambiente. Ao mesmo tempo senti que estávamos enxugando gelo, pois sem a interrupção da chegada de material em poucos dias ou semanas o local vai estar novamente com grande acúmulo de resíduos que são trazidos pelo mar, vento e canais de drenagem. Me chamou a atenção no momento da coleta os plásticos ressecados que quando a gente puxava se fragmentavam, tornando difícil recolher todo o material, e também os plásticos menores como as tampas plásticas e outros pedaços pequenos que ficaram entremeados na vegetação e não puderam ser coletados na sua totalidade. Os plásticos menores são os mais impactantes para o meio ambiente, os mais fáceis de serem carregados por ar e água e também os mais difíceis de serem retirados do meio ambiente”, ressaltou.
Também foram encontrados materiais em isopor, embalagens de marmita, calçados, roupas, fios, apetrechos de pesca (cordas, redes), seringas, lâmpada, pneu e até restos de um sofá. Os voluntários retiraram 1,5 toneladas de resíduos não recicláveis da orla, esses materiais foram destinados ao aterro sanitário.
De acordo com o coordenador de Meio Ambiente e biólogo do Grupo Avistar, Luis Pukanski, durante atividades rotineiras de inspeção às obras da ETE Insular a equipe observava a grande quantidade de resíduos trazidos pela ação da maré alta. “Nesse sentido a ação de limpeza objetivou conscientizar os trabalhadores da obra quanto à correta segregação e destinação de resíduos, tanto no trabalho como fora dele. Ainda, longe de resolver o problema dos resíduos no oceano, a ação tem sua importância na conscientização geral da população, uma vez que em poucas horas e em uma área relativamente pequena, a quantidade e diversidade de resíduos encontrados foi impressionante, nos levando a refletir sobre as pequenas atitudes diárias quanto a responsabilidade dos resíduos que geramos e descartamos”, destacou.
Os recicláveis, em sua maioria objetos de plástico, foram acondicionados em local próprio e serão encaminhados à reciclagem. O volume total de material recolhido será contabilizado quando forem entregues à destinação final adequada.