Controles e indicadores são ferramentas essenciais na gestão ambiental de uma obra de grande porte. Além dos indicadores de desempenho ambiental, definidos por um índice de qualidade, por exemplo, outros indicadores são necessários para o entendimento dos diversos processos presentes e, principalmente, de suas eficácias.
Segundo o estatístico estadunidense William Edwards Deming “Não se gerencia o que não se mede e não há sucesso no que não se gerencia”¹. Podemos entender o sucesso no gerenciamento ambiental em uma obra rodoviária como o adequado atendimento à legislação, às normas, aos objetivos dos programas ambientais e às condicionantes da licença de instalação. E para o atendimento a esses quesitos, uma série de processos precisam ser medidos e gerenciados em si.
Como exemplos de dados a serem medidos e que geram indicadores importantes na gestão ambiental da obra podemos citar o rastreio de resíduos sólidos e efluentes gerados na obra, ocorrências e incidentes ambientais, não conformidades verificadas nos trechos de obra e avaliadas por pontos de controle, quantidade de treinamentos realizados e profissionais atingidos.
Porém, uma coisa é a obtenção de dados e outra é a sua análise. Os dados apresentados em planilhas não proporcionam uma visualização de correlações que muitas vezes existem. O Business Intelligence (BI) é uma forma de agrupar e explorar informações para auxílio na interpretação e análise de dados que permitam identificar oportunidades ou riscos.
Obviamente, o BI é uma disciplina ampla e complexa, mas trazendo para a realidade da gestão ambiental de uma obra rodoviária, ele auxilia, por meio da utilização de softwares específicos, na elaboração de um dashboard com gráficos interativos onde se pode visualizar as inter-relações entre os dados apresentados de forma clara e objetiva, auxiliando na tomada de ações.
Artigo escrito pelo Coordenador de Meio Ambiente e Engenheiro Sanitarista e Ambiental do Grupo Avistar Giuliano de Souza