Com a crescente ocorrência de desastres naturais, que acarretam não somente em danos materiais, mas também em danos humanos, que podem ser observados em desastres tais como a inundação que devastou o estado da Bahia, e mais recentemente, o deslizamento de terra por causa das fortes chuvas que provocou uma tragédia com mortos e desaparecidos em Franco da Rocha-SP, fica evidente a necessidade de uma ação preventiva para lidar com situações de calamidade.
Os graves e recorrentes problemas de ordem geológico-geotécnica que têm vitimado milhares de brasileiros, como processos de erosão, assoreamento, enchentes, acidentes associados a deslizamentos de taludes e encostas, produção maciça de áreas de risco, têm sua principal origem na incompatibilidade entre as técnicas de ocupação urbana e as características geológicas e geotécnicas dos terrenos onde são implantadas.
Nestes casos, ou são ocupados terrenos que, devido à sua alta instabilidade geológica natural, jamais deveriam ser ocupados, ou são inadequadamente ocupadas áreas de até baixo risco natural, passíveis de receber a ocupação urbana, porém de forma que, mesmo em condições naturais mais favoráveis, são geradas situações de alto risco geotécnico.
É imprescindível a necessidade de o urbanismo brasileiro incorporar em sua teoria e prática os cuidados com as características geológicas dos terrenos afetados, realizando o mapeamento de áreas de risco. O mapeamento de risco é, basicamente, constituído por três atividades: identificação dos fatores de risco, avaliação dos riscos, e sua espacialização. Ressaltamos que quando empregamos o termo risco, estamos nos referindo às atividades que antecedem a ocorrência de um desastre, visando a extinção ou redução dos impactos de fenômenos adversos sobre um determinado ambiente. Isto é, quando falamos de riscos de desastres associados a fenômenos naturais, principalmente os hidrometeorológicos, estamos nos referindo a ações que visam identificar e avaliar riscos de danos associados a um agente que não pode ser impedido: a chuva. Dessa forma, cabe à análise de risco trabalhar na preparação da população. Em situações de chuva e deslizamento, por exemplo, é possível se prevenir das seguintes formas:
Dentre os processos naturais mais comuns no Brasil estão os escorregamentos, as enchentes, as erosões e as secas. Destes, o escorregamento é aquele que mais preocupa pelo número de vítimas fatais que gerou nas últimas décadas. Não há, porém, nenhuma perspectiva de que essa situação se modifique, a curto prazo, uma vez que devido à crescente desigualdade sócio-econômica associada ao desemprego, à falta de moradia, à deseducação, etc., a ocupação de encostas sem os cuidados necessários tende a aumentar, levando a um consequente aumento do número de acidentes dessa natureza.
Com base na realidade citada acima, é necessária uma atuação preventiva, seja ela pública ou privada, propiciando às famílias que moram em áreas de risco condições de viver em segurança. São fundamentais o mapeamento de risco e, quando da instalação de um novo empreendimento imobiliário, a elaboração de laudos geológico-geotécnicos, um parecer técnico-ambiental baseado em uma série de estudos sobre a geologia, hidrogeologia e características geotécnicas do ambiente estudado, que descreve as rochas, solo, aquíferos, águas superficiais, áreas de risco de escorregamentos e o relevo. O objetivo deste laudo é fazer com que a instalação de empreendimentos e moradias respeite as restrições do terreno, não expondo o empreendimento, o meio ambiente e os moradores a riscos.
Agora que você está ciente da importância do mapeamento de áreas de risco e da elaboração de laudos geológico-geotécnicos, conte com o Grupo Avistar Engenharia para orientá-lo no planejamento destes estudos. Contamos com uma equipe capacitada para realizar estudos geológicos e propor possibilidades e alternativas técnicas para garantir a segurança na instalação de empreendimentos e moradias, sempre de acordo com as normas vigentes e condições geológico-geotécnicas do terreno.