A mina Bom Futuro produziu mais de 192 mil toneladas de estanho desde a sua descoberta em 1987, sendo a maior mina em produção de estanho no município de Ariquemes/Rondônia, responsável por cerca de 3% do suprimento mundial de estanho nos últimos 30 anos. Os recursos estimados de estanho ainda não explorados de Bom Futuro permitem considerar a mina como uma jazida de classe mundial, entre as 15 maiores do mundo.

Para dar continuidade ao processo extrativo em Bom Futuro, dentro dos conceitos de sustentabilidade, é necessário aporte de recursos financeiros e tecnologia. Para atender esta necessidade a Cooperativa dos Garimpeiros de Santa Cruz (COOPERSANTA), detentora dos direitos minerários de Bom Futuro, firmou um Acordo de Investimentos com a Meridian Mining, por meio de sua subsidiária Brasil Manganês Corporation Mineração S.A. (BMC).

Este acordo, assinado em Dezembro/2016, tem a autorização de pesquisa para a área de 20.000 ha dos direitos minerários, que inclui a área atualmente em operação (2.000 ha), e a área não explorada (18.000 ha), por um período de 05 anos, com investimento mínimo obrigatório de US$ 10,5 milhões, incluindo também pesquisa mineral e investimentos tecnológicos para reprocessamento dos rejeitos, com investimento mínimo de US$ 1,5 milhões.

A BMC tem até 15 de março de 2017 para concluir uma auditoria técnica preliminar da área de rejeitos, e da área total de 20.000 ha, com o objetivo de avaliar a viabilidade técnica e econômica do projeto, para determinar se pretende exercer a sua opção ao Acordo. Durante o mesmo período, as Cooperativas conduzirão negociações e obterão as aprovações necessárias para que a BMC possa assumir a construção da transmissão de energia de 69 kVA entre Ariquemes e Bom Futuro.

“Similar ao nosso projeto de manganês, esta opção oferece tanto um potencial de fluxo de caixa para o curto prazo, através do reprocessamento de rejeitos de estanho das operações de mina existentes, bem como de exploração para longo prazo, consistente com nossa estratégia geral para a Companhia” disse Anthony Julien, Presidente e CEO da Meridian. “Entrar nesse acordo nos permitirá aproveitar nossa experiência em Rondônia e aplicar as mais recentes técnicas de exploração e produção nesta sub explorada, mas promissora, região de estanho do Brasil”.

Este acordo tem um significado de extrema importância para a Província Estanífera de Rondônia, pois representa a retomada da pesquisa mineral organizada e o retorno dos investimentos para um processo de mineração sustentável, com uso mais intensivo de novas tecnologias, com objetivo de recuperar o minério fino de cassiterita, mas também a possibilidade do aproveitamento de subprodutos associados ao estanho em Bom Futuro, como minério zinco na esfarelita e o minério titânio nas ilmenitas.

A Avistar Engenharia, através do Geólogo Renato Muzzolon, participou de todo o processo da negociação do acordo, como consultoria técnica da COOPERSANTA.

Tradução: Renato Muzzolon

Fonte: press release emitido para o mercado pela Meridian Mining, disponível no site www.meridianmining.co.