A geodiversidade é compreendida como uma variedade de processos naturais, geológicos e geomorfológicos, e de materiais que são responsáveis pela formação da paisagem que nos cerca. Dentre os processos, estão inclusos a dinâmica interna (vulcanismo, tectonismo) e externa (intemperismo e sedimentação) do nosso planeta. Entre os materiais, podemos citar os minerais, rochas, fósseis e as formas de relevo.

O geoturismo é um tipo de turismo que tem como seu principal atrativo a geologia de uma determinada região. Sendo assim, ele está intimamente ligado à conservação e à geodiversidade do patrimônio geológico e ao conhecimento da história do meio ambiente.

O geoturismo é, portanto, desenvolvido como uma forma de economia sustentável, que une 3 vias importantes: turismo, educação e a geoconservação. Além disso, promove a integração entre geodiversidade, biodiversidade, história, cultura e outros aspectos. Coincidentemente, visa a busca de alternativas sustentáveis para os chamados recursos geológicos, tendo em mente que quando falamos de geoconservação, recursos geológicos não são apenas os recursos extraíveis, mas sim aqueles que trazem bem-estar e qualidade de vida.

A gestão da geodiversidade e do patrimônio geológico é feita pelo ramo das geociências denominado Geoconservação. Para isso, é necessário desenvolver uma série de etapas que constituem as estratégias de geoconservação numa estrutura que inclui o diagnóstico (coleta de dados, seleção e avaliação de locais de interesse geológico), a conservação (avaliação de aspectos legais, monitoramento) e a promoção (valorização destes locais e disseminação científica).

Entretanto, embora o geoturismo tenha enorme potencialidade no Brasil, o turismo de natureza é quase sempre focado na biodiversidade, em detrimento da geodiversidade. A grande variedade de recursos geológicos e geomorfológicos ainda é pouco explorada sob a ótica do geoturismo pelo conhecimento ainda incipiente de suas potencialidades e limitações. No que diz respeito às limitações, a questão crucial está relacionada aos riscos naturais decorrentes de movimentos de massa e processos erosivos intensos nas encostas em locais de geossítios.

Os deslizamentos de terra e tombamento de blocos são processos geomorfológicos que contribuem para a evolução da paisagem de longo prazo e também uma das mais mortais fontes de riscos naturais, que põem em perigo a vida, a propriedade e atividades econômicas. Dessa forma, em muitas localidades, a identidade cultural local é fortemente influenciada por estes fenômenos e em, em alguns casos, deslizamentos de terra e tombamento de blocos tornam-se expressões de geodiversidade e identidade cultural, sob a denominação de “geossítios em movimento”.

Porém, quando não há a devida gestão desses patrimônios, podemos testemunhar desastres tais como o ocorrido em Capitólio/MG, uma tragédia que poderia ter sido evitada caso a região tivesse sido mapeada. Seria possível, assim, prever o risco de desabamento iminente e, com isso, o turismo deveria ter sido suspenso na região. Ou seja, mesmo que o tombamento do bloco fosse um processo natural, uma evolução paisagística, como tem ocorrido desde os primórdios do planeta, não seria um desastre cercado de fatalidades.

Por isso, é fundamental que pesquisas continuem a ser realizadas, no sentido de compreender bem não só as características geomorfológicas e geológicas, mas também os seus valores e riscos envolvidos. Conte com o Grupo Avistar Engenharia para auxiliá-lo no planejamento e desenvolvimento destes estudos. Contamos com uma equipe preparada para realizar estudos geológicos e geomorfológicos para mapeamento de áreas de riscos naturais.