Estradas florestais são as vias de acesso às florestas, naturais ou plantadas, cujo tráfego permite a mobilização de mão de obra e dos meios de produção que são utilizados para implantação, proteção, colheita e transporte dos produtos florestais.
O uso de caminhões com maior capacidade de carga, na colheita e transporte de produtos florestais, exige uma rede viária florestal trafegável o ano inteiro e de maior vida útil.
As estradas florestais representam, depois da floresta, o maior investimento em um empreendimento florestal plantado, e apresentam longo período de depreciação. Sendo grande parte destas vias de baixo padrão construtivo, com uma estrutura básica de cascalho sobre subleito.
A aplicação do conhecimento geológico no projeto e manutenção de estradas florestais é fundamental para definição dos traçados e dos aspectos ambientais.
O projeto do traçado deverá ser adaptado à fisiografia da área, observando a hidrografia e as regiões que apresentam encostas mais estáveis, minimizando os impactos negativos da erosão e do assoreamento dos rios.
O conhecimento geológico também deve ser aplicado na identificação de materiais para revestimento das estradas florestais, tanto no processo construtivo da via, quanto na manutenção contínua do acesso. O material de pavimentação das estradas deve ser resistente aos esforços e desgastes do tráfego pesado, classificados de acordo com sua granulometria e por sua abundância na região. Além disso, é de extrema importância na determinação dos custos para a construção e manutenção das estradas florestais.
A regularização do licenciamento ambiental de cascalheiras, cujo material é utilizado no revestimento de estradas florestais, envolve a elaboração do Plano de Controle Ambiental e Plano de Recuperação de Áreas Degradadas, para as áreas de extração do cascalho. O licenciamento e os estudos ambientais citados são documentos obrigatórios, principalmente para as empresas que são submetidas a auditorias de certificações que atestam o manejo florestal sustentável.
Artigo escrito por Renato Muzzolon, geólogo da Avistar Engenharia.